Comunicar com paixão, eis a questão!

Alina OliveiraConsultora, Formadora e Coach

Um texto sobre Comunicação, uma paixão! Uma perspetiva muito particular de Daniel Lança Perdigão, novo autor residente do Blog.

 

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Até no WebSummit vi falhar... várias vezes!

 

As áreas a que dedico mais atenção são a inovação e a comunicação e, por isso, ter participado no WebSummit Lisbon 2016 foi o equivalente a um cientista, estudioso de agronomia, passar uns dias numa horta a ver os vegetais a crescer.

Com tantas StartUps por lá e com tantos empreendedores a promoverem as suas ideias, pude assistir a várias dezenas de pitchs (apresentações rápidas, supostamente emocionais e envolventes, para apresentar ideias e angariar suporte).

 

Comunicar num evento de grande dimensão e em vários formatos...

E vi de tudo. Eu que defendo que com paixão se faz tudo melhor, procuro incutir essa ideia como o principal componente de uma comunicação efetiva! E vi mesmo de tudo!

Vi alguns empreendedores, uns mais jovens outros menos, cujo idioma nativo é o Inglês ou não, a falarem com a assistência sobre a sua ideia de forma apaixonada, por vezes atropelando-se a si próprios, com a ânsia de não deixar nada por dizer, vibrando de entusiasmo e pouco se preocupando com a forma como o faziam, pois ao fazê-lo como fizeram nada mais importa! Nestes casos fiquei “agarrado” durante os seus cinco minutos de glória e, como eles, achei que as suas ideias eram fantásticas, que merecem vingar e, em muitos casos, vi e ouvi pessoas a manifestarem a sua “inveja”, no bom sentido, por não terem tido aquela ideia!

É isto que se pretende, é isto que eu gosto de fazer e de ver fazer.

Vi outros empreendedores, felizmente não muitos, que prepararam completos e detalhados slides, que leram com a precisão da vírgula e do ponto final, mas que não transmitiram nada. O que disseram? Sobre o que falaram? Não faço a mínima ideia. Alguns nem lhes vi a cara! A estes tudo aconteceu: “Os slides não passam”; “Desculpem mas é um problema técnico”; “Ouvem-me aí atrás?”; “Ai! Tropecei, mas não há problema, está tudo bem”; “O microfone não está a dar”; “Conseguem ver? Desculpem a letra pequenina...”; “Portanto”; “Quer dizer”; “Claramente”. Estavam com receio, procuraram e conseguiram fazer... tudo mal!

Qual a grande diferença? Muita Paixão esteve presente no primeiro grupo e, na mesma proporção, faltou no segundo!

 

Se não estiver apaixonado pelo tema é melhor ficar calado.

Até breve.

Daniel Lança Perdigão

Strategist & Visual Thinker

Escrito por

Alina Oliveira

Autora do livro “ Resiliência para Principiantes” – ed. Sílabo, 2010.Sou formadora e consultora nas áreas da gestão e liderança de equipas, resiliência, comunicação e gestão de conflitos, gestão do tempo, resolução de problemas, relações cliente/fornecedor.Um dos temas que mais me apaixona é a Resiliência, o que me levou a escrever um livro sobre essa temática: “Resiliência para Principiantes”.
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