Formação, a pedra angular do Employer Branding

Consultores Cegos

Os colaboradores esperam que as suas entidades empregadoras lhes ofereçam desafios e a possibilidade de desenvolvimento e formação contínua. Trata-se de um dos elementos mais valorizados para um Employer Branding em que, além disso, todos ganham: o colaborador, que aumenta os seus conhecimentos e amplia a sua experiência, e a empresa, que passa a contar com profissionais mais bem preparados.

A formação contínua é uma ferramenta fundamental, que tem impacto não só na motivação e no compromisso do colaborador, mas também no seu grau de empregabilidade. Mais ainda, num contexto tão volátil, incerto, complexo e ambíguo como o atual, em que a capacidade de adaptação, a flexibilidade e a capacidade de aprendizagem contínua, ou learnability, dos profissionais se configuram como competências fundamentais para sobreviver e ser bem-sucedido no mercado de trabalho atual e futuro.

 

Employer branding, ou dar motivos para os colaboradores ficarem

A estagnação daqueles que, nos últimos anos, se recusaram a sair da sua zona de conforto e não continuaram a apostar na sua formação custou caro a vários perfis que, tendo demonstrado a sua vulnerabilidade, tiveram de pôr em prática o upskilling — formação que procura reciclar os conhecimentos e competências profissionais, ou responder à necessidade de perfis cada vez mais multidisciplinares ou híbridos — ou o reskilling — formação que procura ampliar o expertise de um profissional, de modo a poder reposicioná-lo dentro da empresa, sempre que o contexto o exija.

De acordo com vários estudos, a importância que os colaboradores atribuem à formação no seu local de trabalho é muito elevada. Estas pesquisas mostram que 67% da geração Z consideravam a formação um elemento primordial para aceitar um novo emprego; já para 26% da força de trabalho que foi alvo de pesquisa (baby boomers e gerações X, Y E Z), a formação era considerada um fator fundamental para permanecer na empresa, tal como o salário, a cultura e a reputação corporativa e os benefícios sociais. Esta realidade foi já referida no Linkedin Workplace Learning Report, que mostrava que 94% dos colaboradores permanencem mais tempo numa empresa que investe em formação.

 

Específica, personalizada e flexível

A capacidade de adaptação e a lifelong learning passam, a partir de agora, a ser duas competências fundamentais, e as empresas devem remar a favor das necessidades (por obrigação) e inquietações (por escolha) formativas dos seus colaboradores. Para fazer isso, devem disponibilizar aos colaboradores formações cada vez mais específicas, personalizadas e flexíveis, no que respeita a tempo e espaço. A maioria delas terão um formato híbrido, presencial e online, através de webinares, microlearning, portais e plataformas corporativas etc., um reflexo claro de como a tecnologia se tornou um elemento-chave na democratização da formação executiva e corporativa, que, por sua vez, está mais interativa do que nunca.

Dito isto, importa aprofundar os aspetos que os profissionais de cada país procuram desenvolver. Entre eles:

  • Novas tecnologias, em linha com a digitalização no âmbito empresarial, de hábitos como a compra-venda ou a comunicação etc.;
  • Línguas — inglês, francês, alemão ou chinês, imprescindíveis para trabalhar em ambientes e equipas cada vez mais diversos e globais;
  • Liderança e gestão de equipas, uma procura cada vez mais vasta entre os perfis executivos;
  • Ferramentas como o Design Thinking ou o marketing digital, em estreita ligação com a inovação e a criatividade, que cada vez mais as empresas valorizam nos seus colaboradores.
  • Uma lista em que também escalam posições as formações relacionadas com o desenvolvimento pessoal e elementos como a comunicação, a gestão do tempo, a oratória, a gestão do stress etc., e com a segurança e qualidade no emprego, com disciplinas como a Prevenção de Riscos Laborais, primeiros socorros, auditoria e qualidade de processos etc.

Qual é o papel da formação contínua na estratégia de Employer Branding da sua organização?

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